NTFS, que significa New Technology File System, foi originalmente desenvolvido pela Microsoft e é usado principalmente em máquinas Windows. Praticamente todos os computadores que usam Windows terão um disco formatado em NTFS. Os discos NTFS podem até ser montados como discos somente leitura pelo Mac OS X por padrão. Com software de terceiros, os computadores da Apple podem até obter discos NTFS de acesso de leitura/gravação. Da mesma forma, muitos sistemas Linux suportam operações de leitura e gravação para discos NTFS. Por esse motivo, muitos discos externos vêm pré-formatados como dispositivos NTFS.

Para atender à crescente necessidade de recursos de recuperação de dados com os sistemas de arquivos mais recentes, o R-Studio vem totalmente equipado com a capacidade de recuperar dados de um disco NTFS.

Antes de Começar
Se você estiver seguindo nosso procedimento com seu próprio cenário de recuperação de dados, é importante certificar-se de que sua situação seja semelhante ao nosso caso de teste. Certifique-se de verificar o seguinte antes de prosseguir:

A unidade que você está tentando recuperar é um disco com uma partição NTFS reformatada.
Este artigo se aplica apenas a dispositivos formatados em NTFS. Se você precisar recuperar dados de outros discos, consulte nossos outros artigos:

• De um disco exFAT/FAT (Windows/Mac OS X/Linux): Recuperação de Dados de um Disco exFAT/FAT Reformatado
• De um disco HFS (Mac OS X): Recuperação de Dados de um Disco HFS Apagado
• De um disco APFS (macOS): Recuperação de Dados de um Disco APFS Apagado
• De um disco Ext2/3/4FS (Linux): Recuperação de Dados de um Disco Ext2/3/4FS Reformatado

Seu disco está em boas condições físicas
Presumimos que seu disco está em boas condições físicas. Caso contrário, é melhor procurar os serviços de um especialista profissional em recuperação de dados. Além de verificar se os cabos estão firmemente conectados, qualquer esforço de recuperação de dados "faça você mesmo" pode realmente piorar suas chances de recuperar os dados se o disco tiver um mau funcionamento físico sério. Os sinais de que um disco tem uma falha física incluem:

• O sistema não reconhece o dispositivo ou aparece com um nome incomum ou ilegível.
• Um utilitário S.M.A.R.T. (Self-Monitoring, Analysis and Reporting Technology [Tecnologia de Automonitoramento, Análise e Geração de Relatórios]) avisa que ocorreu um evento de falha de hardware grave. R-Studio pode verificar condições S.M.A.R.T. do seu disco, e explicamos como fazer isso abaixo.
• O disco rígido faz ruídos incomuns, cliques ou leva muito tempo para girar e inicializar.
• Blocos defeituosos aparecem continuamente na unidade.

Todos esses casos são melhor tratados por profissionais qualificados de recuperação de dados. Eles têm equipamentos especiais, software e, o mais importante, as habilidades necessárias para trabalhar com essas unidades. Nem o R-Studio nem outro software de recuperação de dados o ajudarão nesses casos. Além disso, qualquer manipulação adicional dessa unidade provavelmente causará mais danos aos seus dados. Muitas vezes, esses danos tornarão os dados completamente irrecuperáveis, mesmo por um profissional de recuperação de dados.

E um último lembrete...
Não escreva nada no disco do qual você vai recuperar os dados! Os novos dados podem substituir seus arquivos antigos e você pode perdê-los para sempre.

Configuração do Disco de Teste: Estrutura Inicial de Pastas e Arquivos na Unidade
Para mostrar o processo de recuperação, preparamos um disco de teste com um conjunto típico de arquivos de usuário que podem estar em um disco NTFS externo , espalhados por uma determinada estrutura de pastas:

Documentos:

• Arquivos: arquivos .zip criados no WinZip
• PDFs: arquivos .pdf criados no Adobe Acrobat
• Microsoft Office: arquivos .doc e .docx criados no Word; Arquivos .xls e .xlsx criados no Excel
• OpenOffice: arquivos .odt e .docx criados no Writer; Arquivos .ods e .xlsx criados no Calc

Multimídia:

• Música: arquivos .mp3
• Imagens: arquivos .jpg e .png
• Vídeo: arquivos .avi, .flv, .m4v, .mov, .mp4, .mpeg, .mts e .mkv.

A pasta raiz do disco de teste é mostrada na Fig. 1.

Fig.1: Pasta raiz do disco de teste
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Após configurar os arquivos, realizamos uma reformatação do disco usando a ferramenta Gerenciamento de Disco no Windows. Ao fazer isso, o disco inicialmente aparecerá completamente em branco.

Processo de recuperação de dados
Preparação preliminar:

• Antes de começar, prepare um local de armazenamento grande o suficiente para armazenar todos os arquivos recuperados. Pode ser qualquer disco visível pelo sistema operacional, incluindo uma unidade externa ou de rede. Não tente salvar os arquivos no mesmo disco do qual os arquivos estão sendo recuperados.
• Se ainda não o fez, baixe e instale o R-Studio. Neste momento, não é necessário comprar e registrar o programa. O R-Studio em seu modo de demonstração permite realizar todas as operações de recuperação de dados necessárias, exceto salvar os arquivos recuperados. Isso permite que você veja se ele pode recuperar seus arquivos com sucesso e, portanto, se vale a pena comprar. Você não precisará reinstalar ou reiniciar o R-Studio para registrá-lo.
  Observação: Usaremos a versão Windows do R-Studio para mostrar o processo de recuperação de dados, mas estes instruções são totalmente aplicáveis às versões Mac e Linux do R-Studio. Os painéis e caixas de diálogo terão uma aparência diferente, mas a funcionalidade é a mesma.
• Ligue o disco ao computador R-Studio. Use a interface mais rápida disponível: as portas SATA são as mais rápidas, mas o USB 3.0 também é suficientemente rápido. O USB 2.0 pode ser muito lento para discos grandes. Observe que muitas unidades USB externas possuem interfaces eSATA adicionais.

Inicie o R-Studio e localize o disco reformatado e o disco onde deseja armazenar seus arquivos recuperados.

Figura 2. Painel principal do R-Studio com o disco reformatado
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Antes de prosseguir, verifique os atributos S.M.A.R.T. para o disco reformatado:

• Se o status de integridade for CAUTION, pode haver pequenos problemas com o disco, mas deve ser seguro usar o disco para fins de recuperação de dados. Os problemas tendem a piorar, então verifique os parâmetros S.M.A.R.T. periodicamente para garantir que o status de integridade não tenha ido para BAD. A criação de uma imagem do disco é recomendada, mas isso exigirá espaço de armazenamento adicional.
• Se o status de integridade for BAD, as condições do disco são críticas e as chances de falha de hardware são altas. A melhor recomendação para este caso é parar de trabalhar com o disco e levá-lo a especialistas profissionais em recuperação de dados. Você pode continuar trabalhando com o disco por sua conta e risco, mas a imagem de disco é altamente recomendada.

Se os atributos S.M.A.R.T. do disco estão OK, podemos iniciar a recuperação dos dados.

2. Selecione o disco reformatado e clique no botão Scan. A caixa de diálogo Scan será exibida.

Fig.3: Caixa de diálogo de verificação de disco
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3. Como conhecemos o sistema de arquivos do qual estamos tentando recuperar, podemos melhorar os resultados e o desempenho do R-Studio especificando o sistema de arquivos do disco reformatado. Clique no botão Change... ao lado de File Systems e deixe apenas o sistema de arquivos NTFS selecionado.

Opcional: Marque a opção "Save to File" e especifique um local para salvar. Isso salvará as informações da varredura de disco, para que você possa retomar de onde parou se a varredura de disco for interrompida ou se desejar recuperar mais arquivos em outra sessão.

4. Verifique se a opção Extra search for Known File Types está selecionada e clique no botão Known File Types....

Fig.4: Caixa de diálogo Known File Types
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Especifique apenas os tipos de arquivo que você acredita residir no disco excluído. A melhor maneira de fazer isso é clicar no botão Clear e selecionar os tipos necessários na lista. Em seguida, clique no botão OK e retorne à caixa de diálogo Scan. Clique no botão Scan.

5. O R-Studio começará a escanear o disco mostrando o progresso.

Fig.5: Verificação de disco em andamento
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6. Inspecione os resultados da verificação e encontre a partição reconhecida que corresponde ao disco excluído.

Fig.6: Resultados da verificação
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No nosso caso, esta é a partição Recognized2.

Se outras partições residiam anteriormente no disco, o R-Studio pode encontrá-las. Você terá que determinar qual das partições reconhecidas é aquela que você está procurando. Na maioria dos casos, a partição que você está tentando recuperar terá o mesmo tamanho do disco lógico existente. Consulte a ajuda online do R-Studio para obter mais detalhes: Recuperação de Dados Usando o R-Studio.

7. Clique duas vezes na partição Recognized2. O R-Studio irá enumerar os arquivos nele e mostrar a árvore de pastas.

Fig.7: Arquivos e pastas encontrados no disco excluído
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Primeiro, vamos dar uma olhada nos arquivos recuperados dos remanescentes do sistema de arquivos anterior.

Arquivos com a estrutura de arquivos totalmente recuperada:

Fig.8: Arquivos e pastas do disco excluído com estrutura de pastas totalmente recuperada
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Arquivos com a estrutura de pastas parcialmente recuperada:

Fig.9: Arquivos e pastas do disco excluído com estrutura de pastas parcialmente recuperada
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E depois em arquivos recuperados por sua assinatura (recuperação de dados brutos):

Fig.10: Arquivos encontrados por suas assinaturas (recuperação de arquivos brutos - pesquisa Known File Types)
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Normalmente, os arquivos dessas seções recebem um nome de arquivo gerado automaticamente, como 001.dat, 245.xml, etc. Mas se você vir um arquivo nesta seção com um nome de arquivo e carimbo de data/hora corretos, isso significa que ele também foi encontrado nos remanescentes do sistema de arquivos anterior e não é necessário recuperá-lo como parte do processo de recuperação de arquivos brutos. Ele será recuperado dos restos do sistema de arquivos com um nome de arquivo adequado, carimbos de data e hora e dentro de sua árvore de pastas.

Alguns tipos de arquivo podem conter nomes de documentos, carimbos de data/hora e alguns outros atributos dentro dos arquivos em suas tags internas. O R-Studio pode ler algumas tags e usá-las na tentativa de fornecer nomes de arquivo e timestamps significativos.

É importante reconhecer quais atributos de arquivo são dos remanescentes dos sistemas de arquivos anteriores e quais são das tags internas do arquivo. Geralmente, isso pode ser feito observando nomes de arquivos e carimbos de data/hora, etc.

Fig.11: Arquivos encontrados por suas assinaturas de arquivo. Os carimbos de data/hora são retirados das tags internas do arquivo
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Fig.12: Arquivos encontrados por suas assinaturas de arquivo. Os nomes dos arquivos são retirados das tags internas do arquivo
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Se estiver à procura de um determinado arquivo ou conjunto de arquivos, pode utilizar as capacidades avançadas de localização e marcação do R-Studio. Consulte a ajuda do R-Studio para obter mais detalhes: Pesquisar por um Arquivo.

9. Use o Pré-visualizador integrado para estimar as chances de recuperação de dados bem-sucedida. Isso é particularmente útil com arquivos de imagem grandes. Clique duas vezes em um arquivo para visualizá-lo.

Fig.13: Visualização do arquivo
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Se o arquivo aparecer corretamente, você pode comprar uma licença e registrar o R-Studio. Agora você pode começar a salvar os arquivos recuperados.

10. Selecione os arquivos e pastas que deseja recuperar e especifique um local de salvamento para os arquivos restaurados.

Fig.14. Arquivos marcados para recuperação e opções de recuperação
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Se necessário, especifique outros parâmetros de recuperação. Consulte a ajuda on-line do R-Studio para obter detalhes: Recuperação Básica de Arquivos. Em seguida, clique no botão Recover Marked.

O R-Studio começará a recuperar arquivos mostrando seu progresso.

Fig.15: Processo de recuperação de dados
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Quando a recuperação terminar, o R-Studio apresentará um relatório final com os resultados da recuperação.

Fig.16: Resultados da recuperação de dados
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Resultados da recuperação de dados
Para visualizar os arquivos recuperados, navegue até a pasta onde você salvou os arquivos da recuperação de arquivos do R-Studio.

Para nosso cenário de teste, você pode ver que muitos arquivos e pastas foram recuperados corretamente com nomes de arquivos corretos e todos os outros atributos. Mas algumas pastas de primeiro nível na pasta raiz perderam seus nomes de arquivo.

Fig.17: Resultados da recuperação de dados
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Conclusões
O nosso caso de teste provou que o R-Studio é uma ferramenta eficaz para recuperar dados de discos NTFS depois de reformatados. Em nosso cenário de teste, tivemos uma taxa de sucesso de 100% em termos de recuperação dos dados de todos os arquivos que estavam na partição excluída. Esse sucesso se deve em parte ao fato de que nenhum dado novo foi gravado no disco após a exclusão. A sua experiência poderá variar dependendo do seu cenário específico de recuperação de dados, mas na maioria dos casos, uma combinação da análise do R-Studio do sistema de arquivos anterior no disco e uma Pesquisa por Tipos de Arquivos Conhecidos irá recuperar a maioria dos dados no disco. Neste último caso, os nomes de arquivos e pastas na pasta raiz podem ser perdidos, mas os dados permanecerão intactos.

Se você tiver um disco NTFS que foi reformatado acidentalmente, tente executar as etapas acima no modo de demonstração do R-Studio. Se você conseguir encontrar e visualizar os arquivos que está procurando, vá em frente e registre o produto para recuperar seus arquivos. Desde que a sua unidade esteja em boas condições físicas e não sejam escritos quaisquer novos dados no disco, tentar uma recuperação de dados com o R-Studio em modo de demonstração é isento de riscos e pode dizer-lhe imediatamente se os seus dados são recuperáveis.